A urgência de profissionalismo e planejamento na Gestão Pública

A insatisfação da população com a qualidade dos serviços públicos é crescente, refletindo a necessidade urgente de uma reforma na gestão pública. A falta de planejamento, a rigidez burocrática e a ausência de investimentos em tecnologia são alguns dos fatores que contribuem para a ineficiência e a insatisfação da população. Diante desse cenário, para efetivar planos de gestão voltados à melhoria da qualidade de vida da população, é essencial a atuação comprometida dos servidores públicos, tanto comissionados quanto efetivos. A qualidade dos serviços públicos está intrinsecamente ligada ao desempenho e à capacitação dos servidores públicos. No entanto, muitas administrações públicas ainda enfrentam desafios significativos na gestão de seus recursos humanos e financeiros, em que operam em um contexto obsoleto de gestão de pessoas e arrecadação fiscal. Entre as deficiências comumente observadas, destacam-se:

Falta de Métricas Eficazes - Ausência de indicadores apropriados para avaliar a qualidade dos serviços e da arrecadação fiscal. Por meio de indicadores claros e objetivos, é possível avaliar o desempenho individual e coletivo dos servidores, incentivando, inclusive, a busca por resultados.

Capacitação Insuficiente dos Servidores - Formação e preparo dos servidores não atendem adequadamente às demandas e desafios da Administração Pública. A capacitação dos servidores é fundamental para que possam acompanhar as mudanças tecnológicas e as novas demandas da sociedade.

Sistemas de Informática Defasados - Tecnologias de informação e comunicação utilizadas são inadequadas para as necessidades atuais. É de se ressaltar que a utilização de tecnologias da informação e comunicação pode otimizar os processos, facilitar a comunicação e melhorar a prestação de serviços.

Desalinhamento do Quadro de Pessoal - O dimensionamento inadequado do quadro de pessoal, com excesso ou falta de servidores em determinadas áreas, gera ineficiências e compromete a qualidade dos serviços.

Incoerência nas Remunerações - Discrepância entre as gratificações e as remunerações e os serviços efetivamente prestados. A remuneração dos servidores deve ser justa e equitativa, incentivando o desempenho e a permanência dos melhores profissionais.

Rigidez na Gestão de Pessoas - Falta de flexibilidade nos modelos de gestão de recursos humanos. É preciso adaptar os processos de gestão de pessoas às novas realidades do trabalho, como o teletrabalho e a gestão por competências.

Crescimento Automático da Folha de Pagamento - Aumento contínuo e não planejado nos gastos com pessoal.

Excedendo Limites Fiscais - Gastos com servidores que se aproximam ou ultrapassam os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.